Não se deixe enganar por todos os filmes que retratam a vida nos castelos medievais como uma grande ostentação de riqueza. Viver em castelos medievais não se resumia apenas a festas intermináveis e banquetes extravagantes. Na verdade, a vida nessas enormes construções era algo um tanto complicado, mesmo para a classe alta. Salas escuras e sombrias, além de questões envolvendo a falta de higiene eram apenas alguns dos problemas mais comuns.
Embora a classe alta consumisse alguns dos alimentos e bebidas mais requintados da Idade Média e desfrutasse de um pouco mais de privacidade do que a classe trabalhadora, os confortos dos castelos nem sempre eram tão extravagantes como muita gente imagina.
Pensando nisso, listamos aqui alguns tópicos que ajudam a explicar a vida nos castelos durante os tempos medievais. Você vai ver que nem tudo que fazia parte dessas grandes estruturas era necessariamente algo muito prazeroso.
Muitos cômodos eram escuros e frios
Os castelos medievais eram construídos através de grandes pedras, até porque a defesa contra os inimigos era algo levado bem mais a sério do que o conforto propriamente dito. Consequentemente, isso levou ao surgimento de gigantescas fortalezas de pedra com janelas pequenas e estreitas. As pedras não era exatamente propícias a deixar o calor entrar e as pequenas janelas deixavam penetrar muito pouca luz do sol, fazendo com que muitos dos cômodos desses castelos fossem extremamente escuros e frios.
Se as partes mais nobres dos castelos já eram assim, já podemos imaginar mais ou menos como seria a vida dos servos, que por sua vez viviam nos recantos mais profundos e escuros do castelo. De fato, acredita-se que as doenças que acompanhavam os espaços úmidos e frios dos castelos se proliferavam com certa facilidade entre os criados, pois eles contavam com pouca defesa contra as doenças.
As privadas se resumiam a um banco com um buraco
Nos tempos medievais, as pessoas tinham que fazer as suas necessidades em um banco, que em alguns casos poderia ser comprido e contar com vários buracos. Consequentemente, toda a matéria fecal caía abaixo em uma fossa, que às vezes era limpada por alguns pobres coitados. Como não havia partições que pudessem promover alguma privacidade, as pessoas simplesmente ficavam à vista de todos os seus amigos e vizinhos enquanto liberavam toda a “sujeira”.
No entanto, se pensarmos nisso de um certo ângulo, podemos até concluir que não seria algo tão ruim ter alguém com quem conversar nesse tipo de situação. De certo modo, as antigas fossas serviam como um local perfeito para a socialização, embora isso realmente tenha o seu lado nojento. Ainda assim, é difícil dizer exatamente como as pessoas se sentiam sobre o processo, pois os padrões atuais de privacidade e higiene simplesmente não se aplicavam naquela época.
Vários desses castelos cheiravam muito mal
Seja por causa dos banheiros que se resumiam a buracos feitos em bancos ou da falta geral de higiene entre o povo da época, o fato é que vários castelos medievais cheiravam muito mal. Além disso, o fato de que os banheiros não ofereciam privacidade e que realmente não havia onde depositar os resíduos além de uma fossa embaixo dos banheiros também não ajudava.
Vale destacar que nem sempre era fácil de limpar tais locais, pois era difícil encontrar água fresca em algumas regiões. Além disso, certas doenças era predominante comuns e, embora os ricos pudessem contar com melhores cuidados médicos, os habitantes médios dos castelos teriam que confiar em medicamentos fitoterápicos na melhor das hipóteses.
Os moradores dos castelos tomavam banhos em banheiras de madeira
Ao contrário do que muitas pessoas pensam sobre os tempos medievais, as pessoas até gostavam de tomar banho, embora nem sempre fosse fácil acessar água limpa e uma banheira. Dentro dos castelos, muitas vezes havia uma banheira de madeira que podia ser transportada de um cômodo a outro para os moradores do castelo se banharem. Não era algo muito higiênico ou privado, mas as pessoas ficavam felizes em poder se limpar de vez em quando.
Deve-se notar que as populações medievais certamente não tinham muitas preocupações com a privacidade e a higiene da mesma forma que temos hoje, mas provavelmente elas já preferiam não tomar banho à vista de seus colegas de quarto.
Um castelo típico poderia abrigar mais de cem pessoas
Se você não se considera uma pessoa muito sociável, talvez morar em um castelo não fosse uma boa escolha para você. Na Idade Média, havia muitos servos necessários para cuidar das tarefas dos castelos, além de gerações de famílias dos senhores que também moravam nesses locais.
Como você já deve ter percebido, eram necessárias muitas pessoas para cuidar do funcionamento diário de um castelo. O problema era que isso resultava em quartos apertados, de modo que todos os empregados e familiares sofriam com a falta de privacidade.
Ratos eram encontrados por toda parte
Ambientes escuros, úmidos e frios são o terreno ideal para a proliferação de certos habitantes indesejáveis, sendo os ratos alguns dos mais notórios. Na prática, se você morava em um castelo medieval, consequentemente compartilhava o espaço com muitos ratos.
Embora os habitantes dos castelos já estivessem bastante acostumados em compartilhar sua casa com os ratinhos de plantão, muitas pessoas ainda tinham medo dessas criaturas. No entanto, o que mais chama a atenção é o fato de que os ratos eram uma das formas mais baratas e eficazes de praticar a tortura medieval, cujo tópico abordaremos a seguir.
Prisioneiros eram levados para masmorras e eram frequentemente torturados
Os prisioneiros eram frequentemente mantidos nas “profundezas mais profundas” e sombrias de um castelo medieval. As condições desses lugares eram muitas vezes deploráveis, pois certamente não havia defensores dos direitos dos prisioneiros na Idade Média. Vale destacar que os encarcerados em geralmente presos por razões políticas, sendo que se o senhor ou a dama do castelo considerasse adequado, eles poderiam ser torturado por praticamente qualquer motivo.
Havia várias maneiras pelas quais as pessoas medievais torturavam seus prisioneiros, mas uma que se destacava era o ato de inserir um rato no corpo da pessoa, permitindo que ele se alimentasse através do intestino da vítima. Ou seja, era muito importante pensar duas vezes antes de violar a lei em alguma cidade medieval.
As escadas eram construídas no sentido horário
As escadas dos castelos medievais eram sempre construídas no sentido horário por razões de defesa. Dessa forma, se um inimigo atacasse, subir uma escada limitaria o quanto ele poderia manobrar sua espada, pois qualquer espadachim destro seria bloqueado pela muralha do castelo.
Por outro lado, os guardas que desciam as escadas teriam a vantagem de exercer um giro total e eliminar mais facilmente a oposição. Até os degraus em si variavam de tamanho, fazendo com que os invasores não familiarizados com o local tropeçassem facilmente.
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