Em um reino havia uma belíssima princesa caçula muito mimada por seu pai, o Rei. Ela carregava sempre consigo uma valiosa bola de ouro e adorava brincar com ela em uma grande fonte que havia no castelo. Porém, certa vez, a princesa errou na hora de jogar sua bola e a perdeu na imensidão das águas. A princesa, desesperada, começou a chorar de tristeza, então um sapo aparece para ela e propõe um acordo. Disse que se for buscar a bola de ouro e a trazer de volta em segurança, quer que a jovem a trate como amigo, o leve para viver em seu quarto, que faça suas refeições junto com ele dentre várias outras exigências.
A pequena caçula concordou, mas em sua cabeça planejou ir embora e deixar o sapo para trás assim que recuperasse seu brinquedo. E assim o fez, quando o sapo voltou com sua bola, a princesa lhe agradeceu, virou as costas e andou rapidamente para dentro do castelo. O sapo, obviamente, não conseguiu acompanha-la, mas chegou até a porta do palácio e começou a bater fortemente nela para ser atendido. Aquele barulho todo chamou a atenção do rei que mandou sua filha abrir a porta. Com medo, a jovem disse que não o faria, pois não pretendia cumprir suas promessas.
Seu pai ficou muito decepcionado com o que ouvia e repreendeu a filha, dizendo que promessas sempre devem ser cumpridas e que ela deveria imediatamente abrir a porta e acolher o sapo. Assim, o viscoso animal foi recebido no castelo e também muito mimado pela menina. As promessas começaram a ser cumpridas, o Sapo comia no mesmo prato que a princesa, bebia no mesmo copo, sentava-se ao seu lado. Então, cansado de tanta mordomia, o Sapo pediu que fosse levado para dormir junto da princesa, na mesma cama. Desesperada, a menina pegou o animal em suas mãos e começou a chorar muito, dizia que não podia fazer isso, que não conseguia nem ao menos sentir aquela pele fria e viscosa sem sentir repulsa.
Muito bravo, o rei mais uma vez a repreendeu dizendo que promessa é dívida. Agora, trancada no quarto, a menina se entregou a toda sua raiva e jogou com força o pobre sapo contra a parede. Então, movida pela ira, o xingou das piores coisas possíveis, chamou-o de imundo, nojento e repugnante, porém nesse momento o quarto se encheu de uma brilhante luz que saia do animal. Quando o clarão desapareceu, no lugar do sapo estava um belíssimo príncipe de olhos meigos e pele sedosa. Ele contou sobre sua triste história de vida, muito novo foi amaldiçoado por uma feiticeira maldosa que o condenou a ser um sapo até que alguma bela princesa lhe desse a chance de estar ao seu lado, independentemente de sua aparência. Sem saber, a princesa salvou seu príncipe e já no dia seguinte, os dois se casaram e viveram felizes para sempre.