Nos últimos anos, alguns cientistas alimentados por uma curiosidade insaciável resolveram se aprofundar em estudos científicos que, à primeira vista, podem parecer ridículos, óbvios ou insignificantes. De fato, alguns desses cientistas podem até enfrentar críticas e zombarias, tanto de dentro quanto de fora da comunidade científica, mas o fato é que, se você analisar cada caso, verá que certas pesquisas aparentemente malucas também podem ser significativas e até provocativas.
Pensando nisso, listamos aqui alguns estudos científicos inusitados que resultaram em conclusões ainda mais bizarras. Você vai ver que a busca pelo conhecimento pode seguir por caminhos totalmente excêntricos.
5. A forma como você movimenta o seu celular pode revelar a sua personalidade
Uma maneira confiável de determinar a personalidade de alguém é medir esse indivíduo através do teste “Big Five”. Criado na década de 1980, esse teste se baseia em cinco características principais que incluem abertura para experiências (curioso x cauteloso), extroversão (extrovertido x reservado), agradabilidade (compassivo x desapegado), consciência (organizada x descontraída) e neuroticismo (confiança x nervosismo). No entanto, um grupo de pesquisadores resolveu fazer algo diferente.
Ao longo de um ano, um grupo de 52 voluntários participaram de um teste que tinha como objetivo verificar se as suas personalidades podiam ser determinadas pela maneira como eles movimentavam seus smartphones. Cada celular estava equipado com um acelerômetro para rastrear movimentos físicos, bem como um software que registrava as chamadas e mensagens. Curiosamente, o método correspondeu a certas características capturadas nas pesquisas Big Five que os participantes haviam concluído anteriormente.
Mais especificamente, os dados obtidos na pesquisa eram muito bons em prever os traços de personalidade relacionadas aos tópicos extroversão, consciência e neuroticismo. Curiosamente, essas características exigem mais atividade física, o que pode explicar por que os telefones não foram muito bons em analisar tópicos como a abertura para experiências e agradabilidade.
4. Pessoas que ficam acordadas até tarde são mais propensas a se tornar psicopatas
De acordo com um estudo conduzido pelo Dr. Peter Jonason, da Universidade de Western Sydney, as pessoas que ficam acordadas até tarde tendem a manifestar personalidades antissociais e potencialmente psicopatas. Depois de avaliar os padrões de sono de 250 estudantes universitários, Jonason descobriu que os as pessoas que ficavam acordadas até tarde eram mais propensas a se tornar narcísicas, psicopáticas e manipuladoras do que as que acordavam cedo.
Jonason acredita que existe uma “base evolutiva para o vínculo entre o comportamento antissocial e uma preferência por ficar acordado até tarde. Por exemplo, se você olhar para a natureza, verá que muitos dos predadores (como escorpiões e leões) ficam acordados à noite. De forma semelhante, aqueles que cometem crimes e se envolvem em promiscuidade sexual costumam estar ativos durante a madrugada na sociedade humana.
No entanto, o próprio Jonason admite que são necessários mais estudos para mostrar um elo conclusivo entre ficar acordado até tarde e a manifestação de tendências antissociais.
3. As galinhas preferem os seres humanos bonitos
Pesquisadores da Universidade de Estocolmo treinaram seis galos e galinhas para reagir às imagens dos rostos de seres humanos. As aves foram “presenteadas” com dois rostos humanos comuns: um homem e uma mulher. Além disso, os galos eram recompensados por reconhecerem e bicarem o rosto da mulher, enquanto as galinhas eram recompensadas por fazer o mesmo com o rosto do homem. Pouco tempo depois, as galinhas aprenderam a reconhecer rapidamente os rostos humanos genéricos do sexo masculino. Mas a partir daí as coisas ficaram ainda mais interessantes.
Mais cinco rostos foram criados artificialmente a partir das duas imagens originais, manipulando seus traços masculinos e femininos. Posteriormente, estes rostos foram classificados por 14 alunos de ambos os sexos em ordem de atratividade. Depois disso, as galinhas tiveram a chance de ver os rostos humanos “feios” e “bonitos” e fazer a sua escolha. Os resultados foram bastante fascinantes: as galinhas acabaram classificando os rostos praticamente na mesma escala dos alunos.
Os cientistas sugerem que as preferências sexuais humanas e das galinhas podem surgir de “propriedades gerais do sistema nervoso”, o que ajudaria a explicar essa correlação. Mas o fato é que, independentemente de suas implicações, o estudo prova que compartilhamos nosso olhar para rostos bonitos com uma certa sintonia com relação às aves domésticas.
2. Vacas com nomes produzem mais leite
Os produtores de laticínios poderiam potencialmente aumentar sua renda com um truque simples, mas bastante estranho: dar nomes às vacas. Um conjunto de estudos científicos publicado em 2009 sugeriu que as vacas com nomes produzem mais leite do que as vacas que não contam com nome algum. Esse estudo bizarro foi conduzido pelos cientistas Peter Rowlinson e Catherine Douglas, da Universidade de Newcastle, e envolveu mais de 500 produtores de leite do Reino Unido.
Em média, as vacas produzem 7.500 litros de leite por um período de 10 meses, mas Douglas e Rowlinson descobriram que vacas com nomes produziam cerca de 260 litros a mais! Muitos produtores de leite suspeitam há muito tempo que dar às vaquinhas alguma “atenção individual” aumenta a produção de leite, mas essa pesquisa foi a primeira que tentou provar a hipótese cientificamente. Além disso, segundo o próprio estudo, as vacas que vivem agrupadas produzem menos leite.
1. Diamantes podem ser criados a partir da tequila
À primeira vista, você poderia pensar que diamantes e tequila não têm nada em comum, mas o fato é que um olhar mais atento pode mostrar exatamente o contrário. Cientistas da Universidade Nacional Autônoma do México descobriram que a tequila tem uma “proporção de hidrogênio, oxigênio e carbono que fica dentro da taxa apresentada pelos diamantes”. Essa descoberta foi tão surpreendente que levou o pesquisador Javier Morales e sua equipe a criar diamantes sintéticos a partir da tequila.
Durante a pesquisa, os cientistas inicialmente tentaram criar diamantes a partir de acetona, metanol e etanol. Quando diluíram o etanol em água, eles descobriram que a mistura formava compostos de diamante de alta qualidade, embora com tamanho nanométricos. Curiosamente, a tequila tem proporções semelhantes de 60% de água e 40% de etanol, que é o composto ideal para a criação de diamantes sintéticos.
Para testar sua teoria, os cientistas recriaram o experimento com uma garrafa barata de tequila branca. A princípio, eles estavam preocupados que os outros componentes da bebida alcoólica obstruíssem ou contaminassem o processo, mas isso não aconteceu. Assim como o experimento com etanol e água, a tequila produziu “diamantes esféricos de tamanho nanométrico”.
Quem diria que estudos científicos poderiam tirar conclusões tão bizarras, não é mesmo? Compartilhe o post e deixe o seu comentário!