O diamante tem sido reconhecido como o sólido mais resistente do mundo, graças à sua estrutura baseada na ligação entre átomos de carbono. Essa disposição em um plano com um ângulo de 109º cria um mineral singular tanto em termos estruturais quanto estéticos, já que o diamante também se destaca por seu brilho cristalino.
Classificar um material como mais duro não implica necessariamente em indestrutibilidade, e o diamante não é exceção. Ele pode resistir a altas pressões, não se dissolve em água e não conduz eletricidade, mas pode ser lapidado para criar joias multifacetadas.
No entanto, riscar um diamante é uma tarefa desafiadora, sendo que apenas outro diamante é capaz de realizá-la. Na escala de Mohs, que avalia a capacidade de um material riscar outro, o talco recebe a nota 1. Em comparação, o coríndon, um material cristalino, possui uma classificação de 9, capaz de riscar o topázio. No entanto, não pode competir com o diamante, que recebe a nota máxima de 10. Não surpreende, portanto, o uso dos diamantes na indústria como ferramentas de corte poderosas.
Apesar da busca por materiais mais resistentes que o diamante, a lonsdaleíta surge como uma promissora candidata. Composta também por átomos de carbono, sua estrutura hexagonal a diferencia do diamante convencional, que possui uma configuração cúbica em sua forma cristalizada. Embora a lonsdaleíta tenha sido inicialmente encontrada em quantidade limitada no interior de meteoritos, a extraordinária dureza de seus cristais – estimada em 58% superior à do diamante – não passou despercebida.
Contudo, a dificuldade em localizar cristais de lonsdaleíta torna inviável, pelo menos por ora, considerá-la como substituto viável para o diamante. Em entrevista à Live Science, o geoquímico Paul Asimow ressaltou que, ao ponderar o custo-benefício, os cientistas podem optar por materiais que, embora não sejam tão duros quanto o diamante, sejam mais acessíveis ou de obtenção mais fácil em laboratório.