Ao percorrer diversas cidades, é notável que o revestimento dos assentos nos transportes públicos apresenta uma semelhança marcante: tecidos de lã com estampas variadas, muitas vezes em tons de azul, amarelo e vermelho. Essa escolha não é mera coincidência e tem uma razão prática – ajudar a ocultar manchas e sujeira.
O estofamento nos veículos coletivos deve atender a diversos critérios, incluindo conforto, durabilidade, facilidade de limpeza e, preferencialmente, ser econômico. O “moquete”, uma mistura de lã e nylon, tornou-se uma escolha popular a partir dos anos 1920. Essa opção se destacou por sua acessibilidade, alta resistência e facilidade de produção em larga escala. Além disso, o moquete possui propriedades retardantes de chamas e seca rapidamente.
O segredo desse tecido está em seu padrão de fibras, que proporciona uma textura semelhante ao veludo, aumentando o conforto para os usuários. Além disso, permite que poeira e sujeira se movam para o interior do tecido, mantendo a superfície mais limpa. A capacidade de absorção de água e secagem eficaz tornam o moquete ideal para climas úmidos.
A escolha de padrões intricados e cores vibrantes também tem uma função prática. Tecidos monocromáticos ou com logomarcas de uma única cor seriam mais suscetíveis a manchas visíveis de sujeira. Portanto, os desenhos elaborados ajudam a disfarçar marcas no assento, transmitindo uma sensação de maior limpeza e higiene no transporte público.
Essa prática é observada em cidades ao redor do mundo, demonstrando que a funcionalidade e a manutenção da limpeza são fatores preponderantes na escolha dos tecidos utilizados nos transportes públicos.